A quase sesquicentenária Loja Simbólica Cotinguiba, cultiva o bom costume de ir além das suas colunas, ou quatro paredes, em busca de atualizar-se sempre com o que acontece, a realidade que nos cerca, desde a nossa “aldeia”, que agora tornou-se global, e, por isso, está a exigir de todos uma busca ativa pela informação, o conhecimento. “Conhecer é poder”, tornou-se quase um mantra da modernidade virtual, o metaverso, o tempo anunciado da revolução do conhecimento, disseminado com a velocidade do tempo real, que elimina distâncias e escancara o universo.
Mas, enquanto caminhamos para o futuro quase já acontecendo, é de bom alvitre preservar a tradição da oralidade, quando se fala ou se ouve falar, e nisso se faz uma permuta de conhecimentos, uma troca de experiências.
É a sala de aula, onde na Grécia Antiga discorriam os filósofos, e que pode se fazer existir em qualquer local, desde a casa, ao ambiente de trabalho, aos espaços dos transportes coletivos, das fábricas, dos escritórios, dos quartéis, dos hospitais, além, claro, da sua origem: a Escola.
A Loja Cotinguiba mantém essa tradição, aliás um generalizado hábito maçônico, aquele, de convidar pessoas, seja da sociedade civil ou da esfera institucional, para que transmitam conhecimentos quase sempre específicos, englobados na vivência de cada um, na faixa de atuação que lhes compete.
Na última quarta-feira dia 27 de julho, convidado pelo Venerável Orlando Carvalho de Mendonça, o Capitão de Fragata Luciano Maciel Rodrigues foi o palestrante. Quase todas as Lojas Maçônicas de Sergipe prestigiaram o evento, que teve a presença do Grão Mestre do Oriente de Sergipe Glairton de Santana.
O oficial da Marinha do Brasil, fez um retrospecto histórico da Força Naval, e uma prospecção pelo futuro, aliás próximo, ou quase atual, se assim é possível dizer.
Desenhou o cenário estratégico do Brasil, rodeado pela imensidão oceânica chamada Amazônia Azul, a faixa enorme sob a qual o Brasil tem soberania, onde estão os imensos campos em águas profundas já sendo explorados, ou em vias de tornarem-se produtivos, como no caso de Sergipe. As tratativas que faz o Brasil na área internacional, na ONU, principalmente, para ampliar sua soberania em alguns pontos, além das limitações atuais, uma delas avançando sobe o dorsal submarino desde a costa do Espírito Santo, até a ilha da Trindade, território brasileiro, quase a meio caminho da África. O comandante Luciano mostrou a importância econômica-estratégica do Atlântico, por onde circulam quase oitenta por cento das mercadorias que exportamos e importamos, e a necessidade de ampliar o nosso Poder Naval, que deve tornar-se o marco da presença brasileira, no Atlântico, e nos mares do mundo. E algo aqui, que nos diz respeito como país continental, e com a área da Amazônia Verde, onde, tanto como na Azul, e neste caso à “flor do chão”, “dormem”, no tempo geológico, incalculáveis riquezas minerais. Este país deve ser o único, onde se forma uma flotilha de dragas do garimpo, além de ilegal criminoso, sugando areia do leito de rios, e obtendo grandes quantidades de ouro.
Na Amazônia Verde, o Estado Brasileiro deverá estar integralmente presente, protegendo a terra, a floresta, as riquezas minerais, os povos indígenas, as fronteiras, e, para isso, é indispensável ampliar as forças armadas atuando na região. A Marinha Brasileira, revelou o comandante Luciano, desenvolve um projeto para instalar uma base naval no amplo estuário do Amazonas.
Texto por Luís Eduardo Costa
retirado do https://www.blogluizeduardocosta.com.br/noticias/textos-antivirais-104.html
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