Aproveitando uma questão posta por um dos leitores habituais deste espaço, relativa à numeração das Lojas, aproveito para mais um post sobre as Lojas.
Confesso aos leitores que não pesquisei sobre o que acontece na generalidade das Grandes Lojas, e por isso aqui vos deixo com o que penso ser o critério mais lógico.
Por deformação profissional, acredito que numa base de dados uma vez criado um número de ordem, este ficará indefinidamente associado à informação original, e se por acaso foi criado por erro (repetição de nome – vulgar por exemplo na saúde mas não vulgar em Maçonaria) então deverá ser queimado.
A cada Loja é atribuído um número, que conjuntamente com o nome distintivo escolhido e com o Oriente de reunião completam a identificação da mesma.
Os números são sequenciais e crescentes e acompanham a Loja do início ao fim.
Quero com isto dizer que não faz, para mim, qualquer sentido o aproveitamento do número de uma Loja que tenha abatido colunas no sentido de o atribuir a outra.
Uma Loja é um projecto de actuação. Que sentido faria a reatribuição do mesmo numero a uma Loja diferente com um projecto diferente.
Uma Grande Loja constrói a sua história, e esta é feita também de insucessos. Insucessos como sejam o desaparecimento de Lojas.
Do ponto de vista histórico há que manter uma certa coerência e logo a necessidade de manter inalterável o registo da existência em determinado momento de uma determinada Loja.
Do ponto de vista prático, quando vemos o número da Loja podemos perceber se ela é recente ou não pelo “tamanho” do mesmo. Ora se fizermos reaproveitamentos isto deixa de ser possível.
Indo um pouco mais fundo, creio que uma vez que a uma Loja abata colunas, elas não devem mais ser reerguidas pois o projecto não é seguramente o mesmo, os actores são outros, etc.
Por tudo isto é minha convicção que os números de ordem das Lojas não deverão nunca ser reutilizados.
José Ruah
Publicado no Blog “A partir pedra” em 03 de Junho de 2009
Fonte: freemason.pt
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