Os contatos
Normalmente, o interessado deve procurar um amigo, que seja Maçom, e solicita-lhe que o proponha à entrada na Maçonaria. Tal amigo estará apto a julgar, de início, se é viável ou não a pretensão, pois, tendo conhecimento do trabalho maçônico, está em condições de julgar se o pretendente a ele se adaptará ou não.
É preciso dizer-se, de passagem, que a recusa de ingresso a uma pessoa não significa, necessariamente demérito para a mesma, pois muitas vezes alguém reúne excelentes qualidades, mas por força de suas atividades não maçônicas, estará impedido de ser um bom Obreiro, como se autodenominam os Maçons, pois não terá condições de freqüência, uma das exigências básicas para que o Maçom mantenha sua regularidade.
Pode ocorrer que não se conheça ou não se saiba ao certo de alguém que seja realmente Maçom. Aí a solução é procurar a Loja Maçônica da sua cidade ou do seu bairro, informando-se do dia das suas reuniões e, lá, manifestar ao seu Presidente (que é chamado Venerável Mestre) o seu desejo. Ele dará a orientação necessária.
O recrutamento de novos Maçons
A regra básica, na Maçonaria, é a preferência pela qualidade.
Não há, pois, campanhas de angariação de sócios, nem o Maçom deve estar interessado em aumentar o efetivo de sua Loja sem atentar para os detalhes mínimos que são exigidos para alguém ingressar na Maçonaria.
O Maçom é o primeiro juiz quanto ao ingresso de alguém na Ordem Maçônica, pois, muitas vezes, uma pessoa tem todos os requisitos básicos apontados, mas não é altruísta, tolerante, estudiosa, afável no trato, desprendida das coisas materiais e não tem espírito fraterno, em tais casos, é preferível não propô-la à iniciação, pois fatalmente tal pessoa não será um bom Maçom.
As obrigações financeiras
O Maçom deverá dispor de quantia para atender às despesas de sua iniciação, quantia essa que só fornecerá se for aprovado e admitido, não havendo qualquer pagamento antecipado, seja a que titulo for.
Suas contribuições ordinárias, após sua admissão, variam de Loja, mas são sempre compatíveis com o nível social do Maçom, não se exigindo mais do que ele pode suportar.
Para as obras de caridade, um dos campos da Maçonaria, o Maçom contribuirá, de forma especial, com o quanto ditar sua consciência; tal atribuição é secreta e o único árbitro do seu valor é o próprio Maçom, já que não tomam conhecimento da quantia doada.
Os gastos sociais, com festas, almoços ou jantares de confraternização, excursões, e outros, também são razoáveis e o Maçom só os fará se participar de tais atividades, podendo abster-se e, o que é mais importante, participando das discussões que decidem as ditas atividades.
O traje maçônico é um terno comum preto, camisa branca com gravata preta, segundo a norma de sua Loja. É obrigatoriamente preto, tolerando-se em alguns casos o azul-marinho ou cinza bem escuro. Pode-se usar, também o “smoking” preto, nas chamadas Sessões Magnas.
Para as reuniões ordinárias adota-se, em algumas lojas brasileiras, um guarda-pó preto, chamado “balandrau”, permitindo -se o comparecimento com terno de outra cor ou até mesmo com um traje esportivo. Não se permite calçado esportivo ou de outra cor que não o preto, mesmo usando-se o “balandrau”.
De um modo geral o Maçom não precisa despender qualquer importância com roupa especial, salvo com o terno preto, se não o possuir, e como “balandrau”, que é de baixo custo.